terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cana de açúcar(Poema antiaçucarado)

O guará voou
Foi trabalhar nos canaviais de São Paulo
Mas ele vai voltar, vai sim

O guará deixou a mulher grávida de 6 meses
E mais três pequenos
Mas ele vai voltar, vai não

O guará tá ficando mais corado do que já era
Pega sol demais, usa boné na cabeça
Que os raios solares sem fazer esforço
Mas ele vai voltar, vai?

O guará desmaiou de tanto trabalhar
Desmaiou de tanta dor de cabeça
Morreu de tanto trabalhar, morreu lá mesmo
Em cima das toneladas de cana que cortara durante todo dia.

MAS ELE NÃO VAI VOLTAR MAIS.

A mulher ficou viúva
Os pequenos órfãos
O guará voou, perdeu a cor, perdeu a vontade de viver
Ele até tentou voltar
Mas as asas estavam cansadas, não só as asas
E foi isso que o levou a óbito+

*MA
+SP

#Aurélio Ramalho - Aluno do 2°período de filosofia da UFMA

Um comentário:

  1. Infelizmente o espírito das universidades está morrendo. Porque faz dois meses que ninguém escreve mais nada aqui? Tenho convicção que não seja por falta de inspiração ou de fatos que nos impilam a escrever mesmo que sejam ideias soltas, flatus vocis...
    espero ver algo a mais dos nossos filósofos.

    ResponderExcluir