domingo, 25 de abril de 2010

Sobre a família e seus novos arranjos

A instituição família, enquanto grupo social, apresenta o caráter da dinamicidade: ela não é estática e sempre é influenciada e, porque não, influenciadora da época histórica pela qual passou e sobreviveu até os dias atuais. E é claro que, não pelo fato da dinamicidade, existem parâmetros que são inerentes à família e que sem os quais ela não seria entendida como o é.
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Para ser dito como grupo social, há de se ter um conjunto de características que o caracterizem como tal e, em relação à família, é preciso salientar que ao longo da história ela vem se transformando e se modificando para sustentar sua própria estrutura, logo novas configurações familiares são criadas, cabendo a nós entendermos e, se possível, aceitarmos esses novos arranjos, para que a estrutura social flua de forma sadia, como um todo.
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Uma dessas mudanças é o surgimento de arranjos familiares de caráter homossexual, que ainda é algo complicado de se discutir e aceitar, porque somos uma sociedade de preconceitos velados; pior que isso, somos uma sociedade que muitas vezes age com uma mentalidade tacanha e retrógrada. E dizem que vivemos o pós-modernismo.
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Não obstante todas essas transformações é comum vermos, cada dia com mais freqüência, famílias que têm sua estrutura invertida, se analisarmos os padrões comportamentais que nos são impostos, e sendo assim: o homem torna-se o dono-de-casa e a mulher, a principal fonte de renda da família. Isso não é, em todos os aspectos, ruim, porque de certa forma transforma, de forma positiva, o imaginário que cerca o papel da mulher na sociedade. Entretanto, é preciso cuidado, afinal ainda vivemos em uma sociedade descaradamente machista.
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Assim, família é muito mais que uma relação de consangüinidade e hereditariedade entre pessoas. Pensar dessa forma é ser simplista, reducionista e, até mesmo, preconceituoso, porque família é algo que vai muito mais além e deve ser entendida enquanto grupo social e unidade fundamental para que se tenha uma sociedade organizada e sólida, cumprindo, ela, o papel que há séculos vem desenvolvendo que é o da educação e formação básica de valores éticos e morais nos cidadãos que dela originam-se.
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Por: Alessandro, 2010.1, Filosofia.

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