terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E os vestibulandos SiSUderam...

A ineficiência repetida durante os dois anos da aplicação do ENEM( Eu Não Estudo Mais) parece brincadeira por parte do INEPcia, onde o governo federal dá a liderança para aplicar as provas, só que o Governo Federal acaba de exonerar o presidente deste "Instituto de Educação", querendo ou não isso tudo é reflexo da administração pública que em muitos estados é de qualidade haitiana, mesmo o nosso país sendo pertencente ao BRICAS( agora assim por causa da África do Sul) Um país "emergente" não pode ver esse relaxamento por parte dos governadores, prefeitos e legislativos( deputados federais e estaduais e principalmente senadores) que não estao preocupados com que o que acontece nesses estados. A propaganda do Ministério da Educação zomba ao convocar os jovens a ser professor. Em várias línguas o nome professor aparece como uma das soluções para um país ser melhor. Em vários países ser realmente o professor é sim o formador de opiniões, não sendo muito longe no Brasil, mas a alta carga horária juntando com o baixo salário este paradoxo negativo prejudica não só os professores mas também aos alunos que desde crianças são desrespeitados pois muitos assistem, quando assistem, aulas em salas sem ventilador,sentados no tijolo, sem merenda por serem representadas por políticos sem vergonhas.

*Aurélio Ramalho - Partindo pro 3° período de Filosofia da Federal Maranhense.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cana de açúcar(Poema antiaçucarado)

O guará voou
Foi trabalhar nos canaviais de São Paulo
Mas ele vai voltar, vai sim

O guará deixou a mulher grávida de 6 meses
E mais três pequenos
Mas ele vai voltar, vai não

O guará tá ficando mais corado do que já era
Pega sol demais, usa boné na cabeça
Que os raios solares sem fazer esforço
Mas ele vai voltar, vai?

O guará desmaiou de tanto trabalhar
Desmaiou de tanta dor de cabeça
Morreu de tanto trabalhar, morreu lá mesmo
Em cima das toneladas de cana que cortara durante todo dia.

MAS ELE NÃO VAI VOLTAR MAIS.

A mulher ficou viúva
Os pequenos órfãos
O guará voou, perdeu a cor, perdeu a vontade de viver
Ele até tentou voltar
Mas as asas estavam cansadas, não só as asas
E foi isso que o levou a óbito+

*MA
+SP

#Aurélio Ramalho - Aluno do 2°período de filosofia da UFMA

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Canhém babá canhém babá cum cum




Ainda me lembro de minha primeira aula dentro do universo daquilo que chamei de “pior” estética literária que já havia estudado ou observado, o Modernismo: comentei com um amigo, acho que era amiga, que antes “daquilo” ali, amava tudo que envolvia o universo literário; depois, era só desgosto, frustração. Sim, por um tempo reneguei o Drummond, o Vinicius, dentre outros que depois, entendi e compreendi, são gênios da escrita e merecem tal reconhecimento.
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Abominava a idéia de me desligar da boa forma, do bom verso, da rima intacta e requintada que estilos literários anteriores propunham. Parecia um extremo absurdo na minha cabeça pensar em um poema sendo construído com versos que possuíam sílabas poéticas diferentes umas das outras (verso 1: 8 sílabas, verso 2: 2 sílabas? Nem pensar!); concretismo? Não conseguia nem ao menos pensar sobre “aquilo” (Ainda hoje me redimo com o Gullar)





O Modernismo sempre me pareceu muito confuso, turvo, talvez por isso não gostasse. Tudo muito disperso o que me afastava ainda mais de um estado de ‘boa’ convivência com o estilo. A isso adicionei, ou melhor: fixei na cabeça que era culpa do Modernismo um fenômeno bem comum nos dias de hoje: todo mundo achar que é poeta e se entregar as rimas livres sem preocupação alguma.
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Felizmente, e hoje percebo isso claramente, consegui entender e compreender a proposta do Modernismo em literatura, sem equívocos e meias-verdades... é como se tivesse engolido e digerido muitíssimo bem a teoria; isso demanda reflexão e o abandono de algumas ‘certezas’ da vida. Difícil? Talvez, mas não impossível.
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Essa questão toda me fez lembrar também de um livro que li há pouco: sem rodeios e voltas, o principal na narrativa é que ela deixa uma lição de certa forma importante pro dia-a-dia: às vezes é preciso nos livrar de pesos do nosso passado que interferem na nossa vida presente. As coisas, as pessoas, as idéias evoluem... ficar preso a um passado não é bom (Falo da prisão, só! Saudosismo é bom e eu gosto, quase certo de que você também, né?)!
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Importante é, assim como faz o personagem principal do livro*: arrastarmos nossos quadros (que para o personagem era seu peso sua prisão ao passado) até a praia, acendermos uma fogueira e deixá-los queimar lá... depois, vamos embora sem nem olhar pra trás. Estaremos livres pra viver o presente, então.

*O livro em questão chama-se "A menina com a lagartixa", de Bernhard Schilink.



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Alessandro B.F.S (Filosofia, 2010.1)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sobre a morte e o ser humano.

Estranho estar escrevendo algo; estranho e, de certo modo, surpreendente porque não escrevo há cerca de 2 anos (alguns que me lêem, certamente irão se opor a essa afirmação, mas me compreenderão, de fato (ao menos, espero), e é preciso dizer que minhas redações escolares e trabalhos acadêmicos (os realizados até agora) não, de fato, significam que escrevi: pra mim isso significa liberar sua poeticidade (em redações? Os professores de produção textual me matarão por isso, certamente), sua dramaticidade e, enfim, sua criatividade (novamente, me matarão os professores: cacofonia soa ruim, dizem eles!) e aqui que me pergunto: será que posso encontrar essas coisas em todos esses textos que produzi nesse período? Ah, sinceramente, não sei... não sei se neles imperam a forma, a habilidade técnica ou a criatividade, liberdade de escrita e não me importo: nesse momento me importa o presente, e porque não, o futuro.
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E é nesse embalo de ‘revival’ que decidi falar sobre a morte. Sim, sobre ela, a temida, a misteriosa, a incompreendida. E falo hoje da morte porque há motivo para isso: por esses dias morreu um amigo de alguns amigos meus (Sim, vocês entenderam certo: ele não era conhecido meu, nem mesmo amigo... na verdade, nunca nem o vi, de longe sequer), uma morte prematura, repentina e com o quê, não somente um quê, mas um erre, um esse, quem sabe até um tê, de inesperado, porque a gente nunca acha que alguém jovem, com saúde, vida e alegria possa morrer de uma hora pra outra: é normal, bem típico do ser humano.
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Essa morte tinha todos os motivos do mundo para significar nada pra mim e eu até esperava isso, afinal pra mim ele era um anônimo. No entanto, talvez mais do que eu pensei e mais do que sentiria se fosse alguém próximo a mim, eu senti (tchau, passado!) e sinto a morte dele e compartilho a mesma tristeza de seus amigos inconformados (é que quem perde alguém de quem gosta sabe a dor que sente, e eu já vivi isso, infelizmente)
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Perder alguém nunca é fácil, ainda mais se perdemos alguém de quem gostamos, por quem temos apreço, carinho, amor! A dor da perda é destruidora, é cruel; às vezes até achamos que não iremos superá-la (e alguns não conseguem mesmo) porque não perdemos pra outra pessoa, outro indivíduo: a morte é a perda pro desconhecido, pro ‘nunca mais’ pois não há mais volta quando suspiramos pela última vez, quando o coração bate, em seu ritmo frenético, pela última vez e quando não mais racionalizamos. É uma perda sem volta, sem reverso... Isso é a morte.
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É, escrevo sobre a morte, mas NÃO A COMPREENDO! Às vezes, ela se assemelha ao símbolo da justiça: é cega (cega para os que merecem e para aqueles que não), enfim, não entendo e já desisti disso há alguns pares de anos (rio ou choro por isso?). Contudo, por todos esses anos a morte me ensinou algumas coisas, algumas lições e nisso eu estabeleço minhas energias e meu foco hoje. Uma delas é a questão de viver o presente, o hoje, porque (me perdoem o clichê) quem vive de passado é museu... e poeira causa alergia.
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Aprendi, ou pelo menos penso que aprendi (é que às vezes sinto por não manter o foco no agora) que viver o presente, na esmagadora maioria dos casos, é o que importa, porque somente o presente é que podemos modificar, recriar e reinventar: o presente é a concretização do real. E nesse ponto, valorizar quem amamos (amigos, família, pessoas, indivíduos) é fundamental porque somos seres humanos, necessitamos disso e, convenhamos, é tão bom, é tão gostoso. 1 segundo passa e puft! Podemos não mais ter quem gostamos ao nosso lado e se não os valorizamos, o que fica? O arrependimento, a angústia, a dor? É triste, é doloroso, corrói por dentro (e eu, novamente, já senti isso).
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Sem demoras e meia-voltas, porque também sou leitor e devo estar lhe angustiando, a morte, apesar de ter várias facetas que nem sempre nos agradam, tem da mesma forma, coisas e lições a nos ensinar. Coisas que nos ajudam com a dor da perda, com o sofrimento. Portanto... ame, sorria, veja o pôr-do-sol, diga “Eu te amo”, se inspire, VIVA! Porque, viver bem e feliz é a melhor coisa que há: depois da morte... bem, depois da morte, nada se sabe e tudo é incerto.
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Alessandro B.F.S - Filosofia 2010.1
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

LUTO POR SARAMAGO

José Saramago foi um dos maiores escritores em língua portuguesa, o único a ganhar um prêmio nobel de literatura na sua língua pátria, Portugal. Criticado em Portugal pelos seus livros polêmicos, como por exemplo, O evangelho segundo Jesus Cristo. Livro que rendeu a expulsão de sua terra natal. Conhecido pelo seu ateísmo e também pelo seu amor ao comunismo Saramago tinha vários amigos brasileiros como o já falecido escritor baiano Jorge Amado, o também baiano Caetano Veloso e Chico Buarque. Era sempre crítico aos problemas sociais até por que sofreu na carne os males do analfabetismo de seus pais e do avó ao qual homenageou quando ganhou o Nobel de Literatura e os males da pouca comida, pouco dinheiro que seus pais tinham. Filho de faxineira Saramago tentou limpar através das palavras o mundo de todos os problemas capitalistas principalmente a desigualdade social. Que as palavras do escritor não sejam vãs para a melhoria do mundo que "só os ricos se dão bem e os pobres se viram como podem" como o próprio escritor falara em uma de suas poucas entrevistas.

Livros: Ensaio sobre a cegueira, O Evangelho segundo Jesus Cristo, O conto da ilha desconhecida, entre outros.

sábado, 5 de junho de 2010

Ordem e Progresso: espelhos da decadência.

Em nossa bandeira, consta: "Ordem e Progresso", lema positivista copiado por nós. É até hilário pensar que um país como o nosso tem um lema desses: alcançamos o progresso, e continuamos a evoluir tecnologicamente, etc, contudo esquecemos a ''ordem'' que é fator fundamental para um maior desenvolvimento da sociedade.
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O Brasil é um país que tem a origem meio duvidosa, cercada de mios e de contradições. A História prova a nossa tradição na bandidagem, na corrupção e na má conduta e, apesar de todas essas constatações, nada de muito concreto tem sido feito e o pior: o povo continua estagnado e preso a concepções deterministas de que todo esforço que se ponha em prática será nulo.
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Poderíamos nos mobilizar e lutar por mudanças no sistema educacional, na saúde pública, no modo de se fazer política e porque não, no meio social como um todo. Porém, é mais fácil crermos que sonhos são inatingíveis e acreditarmos que do jeito que as coisas estão, está tudo bem. Outro engano, já que nenhuma sociedade deve permanecer na desordem, anulando-se enquanto agente ativa e modificadora.
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E é em clima de desordem e estagnação das massas sociais que avançamos mais e mais para o progresso total e, seguindo essa progressão, não é de se estranhar que nada será feito em relação à bagunça que se instalou no país. Portanto, é ao som de vibrantes enredos de samba e ao sabor de rodadas indigestas de pizzas que caminhamos, todos de mãos dadas, ao nosso futuro brilhante, que pouco difere da vala; já que, talvez, nunca deixaremos de ser o famoso país do carnaval.
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Nosferatus*
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*Usuário de Alessandro B.F.S (2010.1 ; Filosofia) no site: http://www.recantodasletras.uol.com.br/